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O que é Estomatite em Gatos?

Você sabia que o processo da estomatite, diferente do que muitas pessoas imaginam, não é um processo causado pelo estômago?

O complexo gengivite-estomatite felina (CGEF) é uma alteração na mucosa oral nos tecidos que envolvem as gengivas, o palato, a faringe, garganta, bochechas e a língua. 

Todo esse tecido interno da cavidade oral pode ser afetado por uma doença chamada estomatite. Essa estomatite é bem mais agressiva em gatos, mas ela também pode acontecer nos cães. No caso dos cães, ela é chamada de Estomatite Ulcerativa Crônica ou é reconhecida através da sigla CUPS. 

Como identificar a estomatite felina? 

como identificar a estomatite em gatos

Animais com bocas saudáveis têm uma gengiva rosa, que pode ser pigmentada, mas é uma gengiva que está em uma proporção correta e não tem aumento nem sangra com facilidade.

A estomatite inicia-se na gengivite. Porém, o paciente com gengivite pode não chegar a desenvolver estomatite. A gengivite é uma inflamação da gengiva por conta do acúmulo de placa. 

A evolução dessa inflamação à estomatite está relacionada à questão da imunidade. Pacientes que têm a imunidade mais deficiente, podendo vir acompanhados de doenças virais, podem desenvolver a estomatite. Um estresse também pode ser um gatilho para o início do processo de estomatite.

É muito importante que na estomatite, a gente perceba a região atrás da garganta. Quando o animal abre a boca, observe essa região, que são os arcos grossos palatinos. Esses arcos são responsáveis por comunicar o final do palato com o início da língua. É nessa área onde há um destaque maior para o processo de estomatite.

Portanto, fiquem sempre atentos à coloração da mucosa no final da boca do seu pet. 

Nem todo animal que sente dor na boca ou que saliva em excesso está com estomatite. 

Um dos fatores importantes é identificar se seu gato está com dificuldade de engolir. Quando ele tenta engolir, ele sente um desconforto muito grande e tende a colocar as patas na boca como se quisesse tirar algo de dentro da garganta. Isso muitas vezes está relacionado ao processo de uma inflamação muito grande nessa região final da boca ou no início da garganta, da faringe.

Então, chamamos esse processo de Complexo Gengivite Estomatite Faringite, porque exatamente essa região da faringe toda fica ulcerada como pode perceber nas fotos de estomatite em gatos acima. Isso vai descendo também para a região da faringe. 

O pet pode começar a ficar mais retraído ou ter dificuldade de se alimentar, preferindo o alimento mole. Ou ele pode começar a ter aquela babinha em volta da boca chamada de “boquinha de palhaço”, quando os pelinhos em volta do lábio ficam mais escuros, caracterizando uma salivação constante com sangramento. Esses são indicadores de um início de um processo de estomatite. 

É sempre bom você começar a observar a parte final da garganta do gato, se essas áreas começam a ficar avermelhadas ou ulceradas.

Quais são as características da estomatite?

  • Sangramento frequente na gengiva
  • Dificuldade de se alimentar
  • Emagrecimento
  • Salivação em excesso
  • Movimento de querer tirar algo de dentro da boca, principalmente quando engole

É importante diferenciar isso como uma periodontite, pois são problemas completamente diferentes. Se o paciente tem um acúmulo de cálculo de tártaro e tem uma inflamação na gengiva isso pode levar também a um sangramento a uma inflamação, mas não necessariamente está relacionado a uma estomatite. 

Como fazer esta diferenciação entre estomatite e periodontite 

Tente abrir a boca do animal e olhar como está dentro da garganta. Áreas que inicialmente deveriam estar clarinhas, com o aspecto mais suave e com a coloração rosa clara começam a ficar mais irritadas, vermelhas e você consegue ver dos dois lados a caracterização do processo de irritação bilateral

Você pode observar que essa irritação também se estende para a região da gengiva e pode ir até a área do rosto dos caninos, dos incisivos ou ela pode só ficar restrita nessa região de trás. Isso é bem característico da estomatite.

Como é que a gente faz o diagnóstico? 

É com a biópsia. Precisamos coletar fragmentos, principalmente dessas regiões dos arcos, e encaminhá-los para uma análise histopatológica. Dessa forma poderemos ter certeza de que se trata da estomatite. 

A dificuldade para comer ou a falta de apetite precisa ser também uma característica investigada pelo médico.

O pet não ter fome não significa automaticamente que ele tem algum problema na boca. A ausência de apetite pode estar relacionada a uma questão renal, a nefropatia, ou a alguma outra questão sistêmica associada. 

Quando se trata de um animal com estomatite, é comum observar que ele hesite ao ir comer e coma apenas quando está com muita fome e, ainda assim, coma com dificuldade. A comida cai da boca, ele faz movimentos com a língua, ele tenta colocar as patas na boca ao se alimentar, por exemplo.

É importante lembrar que cada animal irá desenvolver de uma maneira diferente a inflamação. 

Há pacientes que desenvolvem a inflamação apenas na região da faringe, outros desenvolvem na região da faringe e também nas gengivas. Já alguns, desenvolvem a inflamação na região também de palato ou na região de vestíbulo, ou seja na região da bochecha, do lábio a parte interna da bochecha, e em outros, começa a desenvolver também nos lábios que é uma parte muito grave da estomatite.

Quando o paciente começa a desenvolver úlcera nos lábios, nas comissuras labiais, isso caracteriza o grau de dificuldade da resposta ao tratamento.

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